Oluwatosin Tolulope Ajidahun evidencia que compreender como o envelhecimento celular impacta a fertilidade feminina é essencial para orientar decisões sobre o momento ideal para engravidar. Nesse contexto, os telômeros, estruturas localizadas nas extremidades dos cromossomos, têm sido estudados como marcadores do chamado “relógio biológico celular”, com implicações diretas na função ovariana.
Os telômeros funcionam como capas protetoras do material genético e se encurtam a cada divisão celular. Quando atingem um comprimento crítico, as células entram em senescência, perdendo sua capacidade de replicação. Esse fenômeno ocorre naturalmente com o passar dos anos, mas fatores como estresse oxidativo, inflamação crônica e hábitos de vida pouco saudáveis podem acelerar esse processo e, consequentemente, o declínio da fertilidade.
O impacto do encurtamento dos telômeros nos ovários
De acordo com estudos recentes, o encurtamento dos telômeros está diretamente associado à redução da reserva ovariana e à queda da qualidade dos óvulos. Tosyn Lopes comenta que, ao contrário do que se pensava há algumas décadas, o envelhecimento reprodutivo não é apenas uma questão cronológica, mas também celular e molecular.
Com o envelhecimento dos ovários, os folículos disponíveis diminuem em número e eficiência. Isso não apenas dificulta a concepção natural, como também reduz a taxa de sucesso em tratamentos de reprodução assistida. Por essa razão, o comprimento dos telômeros tem sido proposto como um possível indicador da saúde reprodutiva feminina. A baixa qualidade dos óvulos pode ainda elevar o risco de alterações genéticas e falhas de implantação.

Fatores que aceleram o desgaste telomérico e afetam a fertilidade
Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que fatores ambientais e comportamentais podem antecipar a deterioração celular. Fumo, obesidade, exposição a poluentes, dietas inflamatórias e privação de sono estão entre os principais vilões que contribuem para o encurtamento telomérico.
Ademais, o estresse emocional e a ansiedade crônica também afetam o funcionamento mitocondrial, aumentando a produção de radicais livres que danificam o DNA. Esse cenário compromete a integridade dos óvulos, dificultando a fecundação e aumentando o risco de anomalias cromossômicas nos embriões.
Exposição prolongada à luz artificial e alterações no ritmo circadiano também têm sido associadas a impactos negativos sobre a expressão genética ligada à fertilidade. Tosyn Lopes aponta que esses estímulos modernos, muitas vezes subestimados, podem influenciar profundamente os mecanismos celulares envolvidos na reprodução.
Telomerase: esperança na medicina reprodutiva?
A enzima telomerase, responsável por restaurar parcialmente o comprimento dos telômeros, tem sido estudada como uma possível aliada no combate ao envelhecimento celular. Oluwatosin Tolulope Ajidahun informa que, embora sua atividade natural nos ovários seja limitada, há interesse crescente no uso de terapias que possam estimular a ação dessa enzima em tecidos reprodutivos.
Estudos experimentais em andamento investigam se compostos antioxidantes, terapias hormonais e mudanças no estilo de vida podem modular positivamente a atividade telomerase. Há ainda abordagens genéticas e epigenéticas sendo exploradas em laboratório, que buscam retardar o envelhecimento celular e melhorar a receptividade endometrial em mulheres com idade avançada.
Embora ainda não existam protocolos clínicos definitivos, essa linha de pesquisa pode abrir caminhos para estratégias inovadoras na preservação da fertilidade feminina. Os avanços nesse campo são promissores, especialmente para mulheres que desejam adiar a maternidade sem comprometer suas chances reprodutivas.
A importância do estilo de vida no ritmo celular
Tosyn Lopes ressalta que o estilo de vida é uma das ferramentas mais acessíveis para proteger a saúde dos telômeros. Práticas como alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, controle do estresse, sono adequado e abandono do tabagismo podem desacelerar o encurtamento telomérico e preservar a saúde reprodutiva por mais tempo.
Embora a idade cronológica não possa ser revertida, os cuidados com o organismo influenciam diretamente a idade biológica das células. Portanto, mulheres que desejam preservar sua fertilidade devem considerar hábitos saudáveis como parte da estratégia preventiva, principalmente a partir dos 30 anos. A educação reprodutiva e a conscientização sobre os limites do corpo continuam sendo aliadas indispensáveis no planejamento da maternidade.
Autor: Dmitriy Gromov
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.