Luciano Guimaraes Tebar destaca que a cibersegurança passou a ocupar posição central no setor financeiro, em meio à digitalização acelerada de serviços. Bancos e fintechs operam hoje em um ecossistema altamente conectado, no qual bilhões de transações circulam diariamente por aplicativos móveis, plataformas online e sistemas globais de pagamento. A segurança deixou de ser apenas um requisito regulatório: tornou-se condição para a manutenção da confiança dos clientes e para a própria credibilidade das instituições.
Crescimento das ameaças digitais no setor financeiro
O setor financeiro figura entre os principais alvos de ataques cibernéticos. Golpes de phishing, ransomware, engenharia social e invasões a sistemas críticos são capazes de comprometer dados sigilosos, paralisar operações e gerar perdas bilionárias. Além dos prejuízos imediatos, os efeitos reputacionais podem ser duradouros, afetando a fidelização dos clientes e a atratividade para investidores.
De acordo com Luciano Guimaraes Tebar, a interconectividade global amplia a complexidade dessa proteção. Criminosos virtuais exploram brechas em diferentes jurisdições, dificultando a cooperação internacional e impondo custos cada vez maiores às instituições financeiras.
A confiança do cliente como ativo estratégico
A relação de confiança é um dos maiores patrimônios das instituições financeiras. Quando falhas de segurança expõem dados ou fragilizam transações, a perda de credibilidade pode se tornar irreversível. Por essa razão, medidas como autenticação multifatorial, criptografia avançada e monitoramento em tempo real tornaram-se práticas obrigatórias no setor.
Luciano Guimaraes Tebar enfatiza que os clientes também precisam ser parte ativa da defesa. Campanhas de conscientização ajudam a reduzir riscos ligados ao comportamento humano, considerado o elo mais frágil da cadeia de proteção. A combinação entre tecnologia e educação fortalece a segurança de forma abrangente.
Desafios regulatórios e busca por padronização
A regulação é outro ponto sensível. Enquanto algumas regiões contam com legislações rigorosas de proteção de dados, outras ainda não possuem normas consistentes. Essa disparidade aumenta custos de compliance e cria incertezas jurídicas para instituições que atuam em diferentes mercados.

Segundo Luciano Guimaraes Tebar, a harmonização internacional é essencial para reduzir vulnerabilidades. Padrões globais de segurança e mecanismos de compartilhamento de informações podem elevar a resiliência do sistema financeiro e dificultar a atuação de grupos criminosos organizados.
Inovação tecnológica como aliada da segurança
Se a digitalização expõe novas vulnerabilidades, ela também oferece recursos mais sofisticados para combatê-las. Sistemas de inteligência artificial e aprendizado de máquina já são usados para identificar padrões suspeitos e bloquear transações fraudulentas em tempo real. Da mesma forma, tecnologias como blockchain aumentam a rastreabilidade de operações e dificultam adulterações em registros.
Nesse cenário, observa Luciano Guimaraes Tebar, os investimentos em segurança devem ser proporcionais ao ritmo de inovação. Não basta lançar novos produtos digitais: é preciso garantir que eles estejam sustentados por estruturas sólidas de defesa cibernética.
Cultura organizacional e cooperação no setor
A proteção digital vai além das ferramentas. É necessário cultivar uma cultura organizacional de segurança, em que colaboradores compreendam seu papel na preservação dos dados e no cumprimento de protocolos. Treinamentos frequentes, testes de intrusão e planos de resposta a incidentes são práticas que reduzem riscos humanos e aumentam a prontidão das equipes.
Luciano Guimaraes Tebar observa que a cooperação entre instituições financeiras também é vital. Redes colaborativas de inteligência e compartilhamento de informações sobre ameaças fortalecem todo o ecossistema, reduzindo a eficácia de ataques em larga escala. Esse esforço conjunto se mostra cada vez mais indispensável em um ambiente globalizado.
Perspectivas para o futuro da cibersegurança financeira
Com a expansão do open finance, da tokenização de ativos e das moedas digitais de bancos centrais, os riscos devem se tornar ainda mais complexos. Isso exigirá regulamentações mais rígidas, investimentos crescentes em tecnologia e estratégias de defesa cada vez mais integradas.
Esse panorama, comenta Luciano Guimaraes Tebar, mostra que a cibersegurança será um dos fatores determinantes da competitividade no setor financeiro. As instituições capazes de equilibrar inovação e proteção conquistarão vantagem estratégica em um mercado em transformação constante, garantindo não apenas a segurança de seus clientes, mas também a solidez de todo o sistema financeiro.
Autor: Dmitriy Gromov